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O LIBERAL: Unifesspa faz análise da qualidade da água após cheias em Marabá

Publicado: Terça, 01 de Fevereiro de 2022, 10h09 | Última atualização em Terça, 01 de Fevereiro de 2022, 10h09 | Acessos: 1246



 

Veículo: O Liberal

Data:  19/01/2022

Link: https://www.oliberal.com/para/unifesspa-faz-analise-da-qualidade-da-agua-apos-cheias-em-maraba-1.485201


Há vários fatores que podem causar poluição após as enchentes e os resultados saem em 15 dias


Uma das observações que a pesquisadora Hentz faz é que o contato com as águas da cheia pode levar a doenças de veiculação hídrica (Felipe Bispo / Especial para O Liberal)

A Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), por meio do Programa de Pós-graduação em Dinâmicas Territoriais e Sociedade na Amazônia (PDTSA) e da Faculdade de Ciências Agrárias de Marabá (Fcam), está fazendo uma coleta de amostras das águas das enchentes dos rios Tocantins e Araguaia. A coleta contempla um raio de 400 metros quadrados, a partir da orla Sebastião Miranda, em Marabá, para que possa alcançar o maior número de pontos nas ruas atingidas pela enchente nos bairros Francisco Coelho e Santa Rosa.

A coordenadora do PDTSA, Andrea Hentz, explica que essas amostras de água serão encaminhadas para o Laboratório de Solo, Água e Planta, da Faculdade de Agronomia da Unifesspa onde serão avaliadas as concentrações de colônias de coliformes fecais e totais. O resultado deve ficar pronto em 15 dias. Hentz, que há 20 anos estuda a qualidade das águas dos rios Tocantins e Itacaiúnas, explica que é muito importante a conscientização da comunidade sobre a não utilização das áreas alagadiças como ambiente recreativo.

“Sabemos da elevada contaminação dessas águas mesmo no período de estiagem. Com a enchente, a situação se agrava por causa do contato das águas com os esgotos e fossas domésticas, bem com o lixo depositado nessas áreas, aumentando assim o potencial de contaminação. Além de existir a possibilidade de proliferação de doenças de veiculação hídrica e a leptospirose. É necessário alertar a população para os perigos em relação ao contato com essas águas”, observa a pesquisadora.

 

Também será realizado uma ação de conscientização da comunidade local, com entrega de panfleto e um bate-papo com os moradores das regiões alagadiças. Haverá também coleta de lixo de 20 a 23 de janeiro. A ação será realizada com o apoio de bolsistas do Programa Nacional de Cooperação Acadêmica na Amazônia (PROCAD-AM), do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC_CNPq e PIBIC -FAPESPA e PIBIC JR) e com apoio logístico do Batalhão de Infantaria de Selva (52º BIS).

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