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Professores da Unifesspa produzem protetores faciais para profissionais de saúde

Publicado: Quinta, 21 de Mai de 2020, 10h27 | Última atualização em Quinta, 21 de Mai de 2020, 10h27 | Acessos: 1719

Veículo: Correio de Carajás

Data: 29 de abril de 2020

Link da Matéria: https://correiodecarajas.com.br/professores-da-unifesspa-produzem-protetores-faciais-para-profissionais-de-saude/

 

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Um grupo de professores da Unifesspa se uniu para desenvolver e produzir um modelo de protetor facial. Trata-se de um equipamento de proteção individual, uma máscara reutilizável e ajustável, criada para auxiliar a segurança de profissionais de saúde. O equipamento é usado por cima da máscara e dos óculos, proporcionando a proteção de todo o rosto contra materiais infecciosos.

Na última semana, a equipe fez um esforço concentrado para produzir e entregar mais de 60 máscaras. Outros 239 equipamentos estão sendo confeccionados. Os primeiros contemplados com os protetores faciais foram os profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Marabá, que também estão na linha de frente do enfrentamento da Covid-19.

 

Utilizando recursos próprios e montando um ateliê em casa, os professores adaptaram um modelo de Face Shield fornecido pelo professor José Marcos Sasaki, da Universidade Federal do Ceará, aprimorando o projeto de acordo com a necessidade dos profissionais de saúde da cidade. O diferencial do equipamento é a utilização de materiais de baixo custo e de fácil aquisição no mercado.

Neste trabalho, o grupo também contou com o apoio de um engenheiro eletrônico do Equador, país que já vinha sendo afetado há mais tempo pela pandemia. “A maioria dos modelos livres de face shields utilizam o recurso da impressão em 3D, que requer mais tempo e mais custo para a fabricação. Fizemos várias modificações no projeto até atingirmos esse modelo, que possui uma produção mais rápida e barata”, detalhou a professora Cindy Fernandes, uma das envolvidas no projeto.

Buscando um formato mais anatômico e confortável, os professores utilizaram acetato e emborrachado para amenizar o impacto durante o uso. Além disso, foi acrescentado um ajuste regulador, de elástico, facilitando a adaptação em cada rosto.

Todos os materiais utilizados são mais econômicos, em comparação com a fabricação utilizando impressora 3D. O custo na produção de cada equipamento variou entre R$4 e R$ 8. Para o corte a laser de algumas peças, a equipe chegou a contar com apoio técnico de uma empresa local. O Equipamento de Proteção Individual (EPI) atende todas as normas técnicas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e foi bastante elogiado pelos profissionais que testaram o EPI.

Por meio de redes sociais, a coordenadora regional do Samu, Walternice dos Santos Vieira, fez um agradecimento emocionado aos servidores envolvidos nesta ação solidária. “Gostaria de externar o nosso sincero agradecimento à equipe da Unifesspa por ter doado protetores faciais para que, nesse período singular no qual todos envidamos esforços para combatermos essa Pandemia, possamos dar continuidade a nossa missão de salvar vidas. Levaremos conosco um pedaço de força e fé de cada um que colaborou para que pudéssemos permanecer firmes em nossos propósitos”, escreveu.

O médico Rhaone Caldas, intervencionista e regulador do SAMU de Marabá, também fez questão de elogiar a iniciativa. “O empenho, dedicação e doação de vocês são essenciais para ajudar-nos na linha de frente!”, comentou.

Nos próximos dias, serão entregues algumas máscaras de proteção os profissionais de saúde do Hospital Regional do Sudeste do Pará Dr. Geraldo Veloso, do Hospital Municipal de Marabá (HMM) e do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves. 

“Pra todos nós do grupo de amigos que atuou neste projeto, o sentimento é de satisfação. Uma oportunidade de fazermos um pouco por esses profissionais, nada comparado ao que eles estão fazendo por nós. Isso nos encoraja a seguir em frente, a não desistir e continuar em casa, fazendo a nossa parte”, finalizou Cindy Fernandes. Alguns protetores também serão doados a médicos do estado do Ceará, que ainda não tiveram acesso a esse tipo de equipamento de proteção e enviaram pedidos à Unifesspa. (Fonte: Unifesspa)

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