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FESTIVAL DE CINEMA DEMOCRATIZA ACESSO A FILMES SOBRE RESISTÊNCIAS DE ÍNDIOS, CAMPONESES E GUERRILHEIROS

  • Publicado: Quinta, 31 de Março de 2016, 17h58
  • Última atualização em Quinta, 04 de Agosto de 2016, 11h59
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Indígenas, camponeses e guerrilheiros são personagens principais dos filmes que serão exibidos nas cidades de Belém, Marabá, Xinguara, Santana do Araguaia, Rondon do Pará e São Félix do Xingu, bem como em três aldeias indígenas e em Lima, no Peru. Os filmes do II FIA CONEFRONT discutem um processo histórico, complexo e diverso em situações de violência e resistências de minorias na Amazônia Oriental.


O II Festival Internacional Amazônida de Cinema de Fronteira (FIA CINEFRONT) apresentará uma série de filmes que têm como foco o processo de lutas, resistências e conflitos instalados na Amazônia Oriental, no período da ditadura militar brasileira (1964-1985) nos quais têm como protagonistas, os camponeses, os indígenas e os guerrilheiros que habitaram (ou habitam) a Amazônia.

 

O II FIA CINEFRONT é promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Estudantis da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa/PROEX). Este ano, o II FIA CINEFRONT terá como tema “Indígenas, camponeses e guerrilheiros: re-existências na fronteira amazônica” e acontecerá no período de 11 a 15 de abril.


Em Marabá, acontece em ambientes diferentes: auditório da Unifesspa (Campus 1), Cine Marrocos, Biblioteca Municipal  Orlando Lima Lobo e escolas públicas. Xinguara, Santana do Araguaia, Rondon do Pará e São Félix do Xingu, cidades em que a Unifesspa mantém Campus, terão programação em dias alternados, neste mesmo período.


A edição deste ano ganhou mais musculatura – e, portanto, espera-se maior visibilidade e repercussão entre diferentes atores sociais - com parcerias institucionais importantes e o envolvimento da Universidade Católica do Peru, em Lima – com a adesão do Taller da Antropologia Visual, que vai propiciar debate das diferentes realidades amazônicas. O II FIA CINEFRONT integra as atividades culturais do 103º aniversário de Marabá – em parceria com a Prefeitura Municipal de Marabá.


Este ano, também, aumentou a mobilidade do II FIA CINEFRONT democratizando o acesso a outros povos diretamente envolvidos no cenário de lutas de resistência como os Kayapó integrantes das aldeias Turedjãm (em Ourilândia do Norte) e Kokraimoro (em São Félix do Xingu), bem como o da Reserva Mãe Maria, da Aldeia Parkatêjê, em Marabá.


A Capital, Belém abre o II FIA CINEFRONT, no sábado, dia 09 de abril, com exibições de filmes e debates no auditório da Casa das Artes, no bairro de Nazaré. O filme “Osvaldão” está previsto para ser exibido às 17h seguido de debate com o professor Evandro Medeiros coordenador geral do evento e integrante da DAI/PROEX/Unifesspa  e o advogado Paulo Fonteles, da Comissão da Verdade do Pará.


O Acampamento da Juventude Sem Terra na Curva do S, em Eldorado dos Carajás encerra o II FIA CINEFRONT, no sábado, dia 16 de abril. Em Eldorado dos Carajás, o evento contribui com as atividades políticas e culturais em homenagem a memória dos camponeses mortos no Massacre de Eldorado. Está previsto a exibição do filme “Osvaldão” seguido de debate com os diretores Fábio Bardella e André Michiles; e a participação do advogado Paulo Fonteles naquarta-feira, dia 13; noutro dia, a exibição do filme “Corumbiara”, do diretor Vicent Carelli. Nosábado, dia 16 acontecerá a exibição dos filmes “Daqui a nada”, de Mariana Santarelli; e “Ninguém come carvão”, do diretor Vicent Carelli e o show de encerramento do festival com a banda Lauvaite Penoso, previsto para as 22h.


Este ano o II FIA CINEFRONT abrirá espaço para debate e a exibição de sessões especiais de filmes do Festival de Cinema Curta Carajás e do Festival Internacional de Cinema do Caeté, parceiros do evento, que retratam nas obras cinematográficas selecionadas temas que circulam pela Amazônia, além da promoção de oficinas que estimulem e ampliem o protagonismo de produtores locais e o uso de cinema como arma política contra a colonialidade.


O II FIA CINEFRONT espera que a exibição de filmes, debates e oficinas, assim como o trabalho documental do indigenista Vicent Carelli, “inspirem todos espectadores a refletir sobre a Amazônia como fronteira global do capitalismo e do colonialismo, marcada por conflitos e possibilidades”, informa o folder oficial do evento.

Diretor homenageado

Neste ano, o II FIA CINEFRONT homenageia o diretor Vicent Carelli, indigenista, documentarista, fundador do Vídeo nas Aldeias e diretor de filmes como “Ninguém come carvão” (1991) que denuncia a destruição da floresta pelas siderúrgicas instaladas no Pará e Maranhão; “Qual é o jeito Zé” (1992) que registra o conflito fundiário em Buriticupu (MA) entre trabalhadores sem terra e jagunços com apoio de policiais no eixo da ferrovia de Carajás; “Corumbiara” (2009), que relata o massacre de índios na Gleba Corumbiara, em Rondônia, entre outros.


Carelli esteve pela primeira vez na região amazônica em 1969, em visita aos índios Xibrin do Catete. Essa visita transformou-o como pessoa e profissional. O impacto da visita o fez estudar e ser aprovado, por concurso público, para ingressar na FUNAI (Fundação Nacional do Índio) no cargo de indigenista. Em meio ao período da ditatura militar, Carelli deixou o Estado para se unir as resistências e lutas do movimento indígena e indigenista.


Na condição de fotojornalista fez grandes coberturas documentais sobre a Guerrilha do Araguaia, em parceria com os jornalistas Palmério Dória, Sérgio Buarque e Jaime Sautchuk – reportagens que ganharam ampla repercussão ao serem publicadas na revista “História Imediata”.

 

folder interior

 

Mais informações: PDF 

Site: PROEX

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