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Unifesspa tem participação ativa na 76ª Reunião Anual da SBPC

  • Publicado: Quinta, 18 de Julho de 2024, 16h15
  • Última atualização em Segunda, 22 de Julho de 2024, 09h05
  • Acessos: 1733

sbpcApós uma semana de programação científica intensa e de exaltação dos saberes tradicionais, a 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada na Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém, encerrou, no último sábado (13). A organização do evento estima que, entre 7 a 13 de julho, cerca de 60 mil pessoas circularam pela UFPA.

O tema do encontro “Ciência para um futuro sustentável e inclusivo: por um novo contrato social com a natureza”, teve 27.500 trabalhos inscritos e mais de 15 mil crianças e jovens de escolas da cidade e de toda a região estiveram participando das atividades.

Ao todo, 280 atividades científicas foram apresentadas por mais de 700 especialistas e autoridades, segundo a Secretaria Geral da SBPC. A Unifesspa foi umas das parceiras institucionais do evento, junto com a Universidade do Estado do Pará (Uepa), o Instituto Federal do Pará (IFPA), a Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), a Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG).

Uma grande comitiva saiu de Marabá em direção à Belém, levando o Reitor e a reitoria, Pró-reitores, docentes e discentes, em especial, alunos e alunas de São Felix do Xingu e de Xinguara, que participam do Clube da Ciência. A apresentação destes conteúdos científicos, de química, física, biologia e matemática, ocorre de forma divertida e participativa, envolvendo experiências socioeducativas, com atividades teóricas e práticas. “O projeto visa promover a alfabetização científica, ou seja, fornece conhecimentos que facilitem a leitura do mundo aos jovens estudantes da Educação Básica, explica Marina Melo”, coordenadora do projeto.

Além de participar das atividades, alguns professores e professoras participaram de mesas. O professor Maurilio Monteiro esteve na mesa “Mineração, Sociedade e Ambiente no Brasil Atual: Quais as Perspectivas para o Futuro?. Segundo ele, a análise por várias décadas do valor de dividendos e de juros sobre o capital próprio pago por dezenas de grandes empresas de mineração, permite demonstrar que o modelo de governança por elas adotado é voltado à manutenção dos fluxos de caixa livre, dele resulta a apropriação, por parte dos acionistas.

“De quase todo o valor gerado no processo produtivo e que, em função da elevada liquidez do mercado financeiro, é realocado em regiões distintas das mineradas, possibilidade que não existe para os demais agentes regionalmente envolvidos na mineração, diante do que é possível concluir que se consolida uma relação assimétrica e deletéria para as sociedades nas quais a mineração atua", comenta.

A professora Luiza Mastop participou da mesa-redonda “Povos Indígenas e Educação Escolar: Autonomia, Protagonismo e Parcerias”, junto com as professoras Geovana Mendonça Lunardi Mendes, Rosani de Fatima Fernandes- Kaingang e a Cacica Kátia Silene Costa Vandenilson. “A cacica Kátia foi quem nos provocou quanto a necessidade de ter mais criatividade nas atividades de ensino, pesquisa e extensão dos jovens indígenas. A administração superior vai criar o Comitê dos Povos Indígenas na Unifesspa, vinculado à Reitoria, e composto por membros da universidade e lideranças dos povos indígenas com os quais historicamente a Unifesspa vem estabelecendo parceria”, comemorou.

Assim, dentre as produções científicas destacaram-se a Oficina de Divulgação do Kit pedagógico sobre a palmeira babaçu (Attalea speciosa Mart. ex Spreng) e o sensoriamento remoto.  O kit pedagógico é um produto do projeto de pesquisa babaçu que tem sido desenvolvido desde 2013 no Projeto de Assentamento Benfica, município de Itupiranga, estado do Pará, por uma parceria franco-brasileira. O kit contém um jogo de cartas das 7 famílias « no País do babaçu » (jogo de tipo baralho), um quebra cabeça, um jogo de localização geográfica que pode também ser usado como jogo de memória, um jogo digital sobre os usos do babaçu. O kit contém também um livreto pedagógico de acompanhamento dos jogos dedicado aos professores.

Também foi lançado e divulgado os livros “Dinâmicas Territoriais e as Quebradeiras de Coco Babaçu no Município de São Domingos do Araguaia – PA”, e “O processo de modernização na agricultura e as quebradeiras de coco babaçu no município de São Domingos do Araguaia – PA”, ambos de autoria do egresso do PDTSA Valtey Martins Souza, com coautoria da Prof. Andréa Hentz.

A tenda da SBPC Jovem reuniu 1.500 expositores divididos em mais de 70 estandes. Tendo como público focal estudantes e professores da educação básica. A edição deste ano, além dos sócios institucionais como Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM), teve como parceiros institucionais Unifesspa na SBPC

O último dia do evento contou com a presença da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, que participou do uma roda de conversa, coordenada pelo presidente da SBPC, Renato Janine Ribeiro, além da participação do reitor da UFPA, Emmanuel Zagury Tourinho e da pesquisadora titular do Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG), Ima Célia Guimarães.

Durante o discurso, a ministra destacou a importância do trabalho das instituições que realizam pesquisas, assim como de todos os pesquisadores que fazem a luta em prol da proteção dos biomas brasileiros. Segundo Marina Silva, é necessária a ajuda da ciência para a implementação de políticas públicas.

“É preciso pensar a ciência para um futuro sustentável e inclusivo. Fazer investimentos com base em evidências. Não dá para fazer ações erráticas que não estejam em consonância com os conhecimentos milenares e os que advém do saber técnico e científico”, afirmou a Ministra.

Durante sessão solene de encerramento do evento no auditório do Centro de Eventos Benedito Nunes, no sábado (13). o presidente da SBPC, Renato Janine Ribeiro, declarou “Foi a maior e melhor Reunião Anual da SBPC de todos os tempos”.  

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