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Xinguara: Atividade de campo do curso de Geografia amplia o conhecimento sobre o espaço no Sul e Sudeste do Pará

  • Publicado: Quarta, 19 de Outubro de 2022, 12h57
  • Última atualização em Segunda, 24 de Outubro de 2022, 16h50
  • Acessos: 1678

O curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) organizou uma atividade de campo entre os dias 5 a 9 de outubro de 2022, nos municípios de Eldorado dos Carajás, Curionópolis e Parauapebas (PA).

As localidades visitadas serviram para compreender a ciência geográfica, além das teorias, partindo de questões abstratas e seguindo em direção ao concreto da realidade empírica. Assim, mediante o desenvolvimento da Disciplina de Trabalho de Campo I em Geografia ocorreu uma atividade que se constituiu em uma experiência pedagógico-científica no processo formativo dos(as) futuros(as) docentes.

Uma das atividades de pré-campo foi uma roda de conversa em conjunto com a disciplina Pesquisa no Ensino de Geografia IV: Estudos Amazônicos, tendo como convidado o professor e doutorando Francisco Batista Durães e a professora mestra Arlete Francisca Marques, ambos da educação básica de Xinguara e pesquisadores de temáticas da região.   

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Diante desse rico momento de diálogo sobre a Amazônia que no dia seguinte, dia 05 de outubro, discentes de Geografia saíram a campo percorrendo mais de 1.300 km, observando paisagens, visitando associações, cooperativas, assentamentos, unidades de conservação e uma empresa multinacional de extração mineral, conforme trajeto marcado em aplicativo de geolocalização.

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Trajeto realizado em campo a partir de Xinguara (A); Fonte: Google Maps, 2022.  

Com o objetivo de compreender a importância e a organização de um trabalho de campo em Geografia, o roteiro envolveu temáticas interdisciplinares: questões agrárias conflituosas, garimpos antigos e atuais, processos extrativos industriais, logísticas e infraestruturas envolvidas; Unidades de Conservação em bioma Amazônico; a relação dos órgãos públicos e a sociedade/comunidades ao redor do empreendimento; o crescimento, o planejamento e violência urbana e regional.

Outras interações ocorreram mediante o conhecimento de alternativas a esse modelo de desenvolvimento na visitação no “Centro Mulheres de Barro de Exposição e Educação Patrimonial da Serra dos Carajás”, além de vivência com comunidades camponesas, como o “Instituto de Agroecologia Latino Americano Amazônico”, que constroem outras possibilidades com a agroecologia, a soberania alimentar e a ampliação do debate da mineração com a participação popular.

Abaixo estão descritas as localidades que foram visitadas e cujo objeto de análise e conversas com lideranças se deu de forma muito proveitosa, ampliando o conhecimento dos futuros professores de Xinguara sobre a realidade do sul paraense.  

Eldorado dos Carajás: (curva do S) – Casa da Memória; ASVIMECAP (Associação dos Sobreviventes, Viúvas, Dependentes, Familiares e afins dos Trabalhadores Rurais Mortos no Massacre de Eldorado dos Carajás e em Conflitos Agrários no Estado do Pará).

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Curionópolis, Serra Pelada: Restaurante da Dona Maria em Serra Pelada; Roda de Conversa com Etevaldo Arantes, Garimpeiro e membro da Cooperativa. Antiga cava de Serra Pelada, hoje um grande lago com profundidade aproximada de 80 metros. Túnel abandonado da Colossus Mineração.

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Parauapebas: Instituto Chico Mendes da Biodiversidade ICMBio; Mulheres de Barro; Unidade de conservação Carajás; BioParque Vale Amazônia; Trilha Peito de Aço (Flona Carajás) e Cachoeira Águas Claras; Base do Gavião; PARNA dos Campos Ferruginosos e Caverna; Mirante da mina de Ferro N4 e Núcleo Urbano Carajás.

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Parauapebas: Assentamento Palmares II e Instituto de Agroecologia Latino Americano Amazônico – IALA 

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Parauapebas: Visitas nas escolas em Palmares II - EMEI Maria Salete Ribeiro Moreno; EMEF Crescendo Na Pratica; EMEF Oziel Alves Pereira;
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Um material em formato Digital foi produzido ao final da atividade como forma didático-pedagógica (tempo/espaço) para visualizar todo o percurso realizado, com fotos, músicas e principais pontos de visitação durante o campo: O abstrato das teorias e o concreto da realidade: "Pés no chão e a cabeça na galáxia" em atividades de Trabalho de Campo. Link: https://www.youtube.com/watch?v=nsbD3z68Pxc (Edição do Vídeo: Thiara Breda, coordenadora do LEPEG/Geografia Xinguara; Organização do Campo: Professor Lucas Zenha Antonino)

Muitas informações e conteúdos foram absorvidos pelos discentes da Geografia, orientados por guias, lideranças e pessoas da cidade que conhecem a realidade de Parauapebas e da região, conhecem do bioma amazônico e as suas contradições entre preservação ambiental, extração mineral, conflitos socioambientais, desenvolvimento urbano, qualidade de vida e alternativas à mineração. O campo irá prover bons relatórios, possível artigo científico, novas ideias para elaboração de materiais didáticos e possibilidades de parcerias do curso de Geografia (FCH) com entidades que auxiliaram a organização.

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