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Professor de Saúde Coletiva da Unifesspa lança livro sobre Pluralidade Masculina

  • Publicado: Quinta, 31 de Janeiro de 2019, 16h15
  • Última atualização em Quinta, 31 de Janeiro de 2019, 16h16
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Capa do Livro PluralidadeEntre tantas temáticas possíveis de construir um livro, masculinidades e saúde foi escolhida pelos organizadores Jeferson Santos Araújo e Marcia Maria Fontão Zagodevido a sua forte tendência em ser negligenciada. Masculinidade é um conceito muito importante no desenvolvimento do homem, caracterizado como uma construção histórica, cultural e social. Apesar de uma crescente discussão ser trilhada nos últimos anos sobre a temática, no campo da saúde sua relação é complexa e sua vivência apresenta-se cercada por tabus, mitos, preconceitos e relações de poder.

O livro é organizado por textos de pesquisas e reflexões. Depois de mais de dois anos de dedicação a organização da obra, os organizadores apresentam ao público “Pluralidade Masculina: contribuições para pesquisa em saúde do homem”, que reúne mais de 100 pesquisadores nacionais e internacionais. Estes se dedicaram a responder como as masculinidades influenciam os comportamentos dos homens no cuidado com a sua saúde e como investigá-los nesta perspectiva.

Publicado pela editora CRV, o livro possui dois eixos temáticos: teorias e métodos para subsídios de pesquisa e pesquisas em saúde do homem distribuídos em 37 capítulos com 792 páginas.

O campo de estudos em gênero, masculinidades e saúde no Brasil, ao qual o presente livro se filia, aponta para marcadas diferenças entre homens e mulheres quanto ao motivo da procura de serviços de saúde e barreiras para a ausência e/ou invisibilidade masculina nos serviços de saúde. As dificuldades dos homens têm a ver com a identidade de gênero (a noção de invulnerabilidade, a busca de risco como um valor da própria cultura), a qual dificultaria a verbalização de suas necessidades de saúde, convergindo com a imagem que os homens teriam dos serviços de saúde como não sendo um espaço para eles.

Estudos recentes acerca do modo como profissionais de saúde (sujeitos generificados, como todos os demais) julgam e reconhecem como legítimas ou não as necessidades e demandas de saúde de homens e mulheres também apontam que o processo de trabalho no cotidiano da assistência em saúde, em seus diferentes níveis de atenção, pode gerar mecanismos potencialmente promotores de desigualdades entre os gêneros e no interior destes, a depender das interseccionalidades com outros marcadores sociais da diferença como raça, orientação sexual, geração, religiosidade, classe.

Segundo a cientista social Márcia Thereza Couto, que faz a apresentação da obra, “a coletânea de capítulos que o livro Pluralidade Masculina: contribuições para Pesquisas em Saúde do Homem” apresenta é um rico exemplo da vitalidade e promessa de continuado avanço na área de estudos de gênero, masculinidades e saúde e, por isso, muito bem-vindo não apenas para estudiosos do campo, mas para estudantes e profissionais de saúde.

Para os interessados em adquirir a obra é só acessar o link: https://editoracrv.com.br/produtos/detalhes/33645-pluralidade-masculinabr-contribuicoes-para-pesquisa-em-saude-do-homem

“A pesquisa no contexto masculino se reinventa, inova e evolui, por isso, convidamos os leitores a mergulharem conosco no vívido e narrado que a escrita desta obra compartilha”, concluiu o professor Jeferson Santos Araújo.Professor Jeferson

Conheça os organizadores da obra

Jeferson Santos Araújo é professor do curso de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa); Doutor em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem Fundamental pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP/USP); Membro do Centro Colaborador da OPAS/OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem. University of São Paulo at Ribeirão Preto College of Nursing; Especialista em Enfermagem Oncológica e em Enfermagem do Trabalho - EERP/USP;  Graduado e Licenciado em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Federal do Pará (UFPA). 

Márcia Maria Fontão Zago é graduada em Enfermagem pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (USP) em 1978; com Mestrado (1990) e Doutorado (1994) em Enfermagem Fundamental pela EERP-USP; É Professora Associada (2000), aposentada (2010), integrada ao Programa Professor Sênior da USP (2013); É consultora da Coordenação de Apoio ao Pessoal de Nível Superior (Capes), Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), do Conselho Editorial de Periódico Nacional e presta assessoria à vários periódicos nacionais. Tem experiência nas áreas de Enfermagem Oncológica; Foi coordenadora do curso de Especialização de Enfermagem em Oncologia de 2000 a 2010; É líder do Grupo de Estudo da Reabilitação de Pacientes Cirúrgicos e Oncológicos – (GERPCO). Sua principal experiência em investigação envolve a aplicação da abordagem da Antropologia Médica e de Métodos Qualitativos para a pesquisa de fatores culturais na sobrevivência de pacientes/familiares com doença crônica, como o câncer.

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