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Cacique do povo gavião Akrãtikatêjêda visita a Unifesspa

  • Publicado: Quinta, 27 de Setembro de 2018, 09h28
  • Última atualização em Quinta, 27 de Setembro de 2018, 10h42
  • Acessos: 3141

Visita Cacique Katia Gaviao1A Cacique Kátia Silene C. Valdenilson, primeira cacique mulher do povo gavião Akrãtikatêjêda, visitou a Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Estudantis da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), nesta quarta (26/09).

Conhecido como Gavião da Montanha, seu povo habita a Terra Indígena Mãe Maria, localizada em Bom Jesus do Tocantins (PA). Recebida pela coordenação de Integração Estudantil da Proex, a Cacique disse que a intenção foi conhecer o lugar onde seus filhos estudam e também quem os tem acolhido na Universidade.

“A Unifesspa, para mim, é uma escola de alto nível. Meus filhos já dão retorno e, isso, me alegra. Hoje, eles são lideranças que contribuem com a nossa comunidade, que já dão aula. O indígena precisa ter esses conhecimentos oferecidos aqui na Unifesspa para voltar à comunidade e conseguir compreender como melhorar, como transformar o nosso lugar. Quem melhor que nossos filhos, que estão ali dentro, para fazer essa mudança? ”, destacou a cacique.

A liderança tem orientado os estudantes de Direito, Ciências Sociais, Geografia e Pedagogia a buscar conhecimento em prol da autonomia de seu povo, tanto no fortalecimento da cultura indígena quanto no gerenciamento da cooperativa criada para exploração de castanha, cupu, açaí, copaíba e andiroba na Terra Indígena.

Para o coordenador de Integração Estudantil da Proex, psicólogo Augusto Severo, a visita da cacique foi um momento de escuta e reflexão sobre como a Unifesspa tem tratado os estudantes e como pode melhorar suas estratégias para a integração e a permanência do indígena na Universidade.

“A Kátia veio aqui nos conhecer, saber quem são as pessoas que lidam com seus filhos, e é esse exercício que nós da Unifesspa também precisamos fazer. Conhecer a cultura dos nossos estudantes e nossa atividade e a especificidade de cada povo para poder nos colocar no lugar dele. A formação não se dá só na sala de aula. Aqui é uma complementação porque os indígenas sabem sobre a questão indígena, sua forma de pensamento, sua constituição como pessoas”, disse o pró-reitor de Extensão e Assuntos Estudantis Diego de Macedo Rodrigues.

Visita 2

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