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Tauari Vivo: Unifesspa inicia projeto de reflorestamento no entorno do rio

Publicado: Sexta, 27 de Janeiro de 2017, 18h56 | Última atualização em Quarta, 11 de Abril de 2018, 16h42 | Acessos: 18071

DSC 0063A Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) iniciou, nesta sexta-feira (27), as atividades do projeto “Tauari Vivo”, que visa a recomposição florestal e diagnóstico da biodiversidade do entorno do Rio Tauari, em áreas próximas à Unidade III do Campus de Marabá. O projeto acontece em cooperação com o Exército Brasileiro e tem o apoio do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará – Ideflor-bio e da Secretaria Municipal de Agricultura de Marabá (Seagri).

Cerca de 100 alunos da Unifesspa, entre estudantes de Biologia, Agronomia, Geografia e Geologia participaram da primeira ação de reflorestamento, conduzida por professores e técnicos da Universidade. Durante todo o dia, as equipes se dedicaram ao processo de plantio de espécies nativas da região como capuerana, sumaúma, jatobá, piranheira, aroeira, entre outras.

“Nesta primeira ação, os alunos estão tendo uma grande prática de restauração florestal, de ecologia. A ideia é que este espaço seja um laboratório para as pesquisas e aulas práticas dos alunos da Unifesspa. Esses estudantes serão envolvidas em atividades como coleta de sementes para produção de mudas para restaurar a mata ciliar, monitoramento da fauna e da flora, entre outras pesquisas de diversos professores em áreas como Geografia, Ciências Biológicas e Agronomia”, detalhou o professor Diego de Macedo Rodrigues, um dos coordenadores do projeto Tauari Vivo.

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A estudante de Agronomia, Cristiele dos Anjos Costa, comemorou o início do projeto e fez questão de participar de todas as atividades que envolveram o plantio. “Quero estar engajada nas pesquisas aqui desenvolvidas, pois vai acrescentar muito na nossa formação. Me sinto privilegiada de estar no início do curso e já contar com essa estrutura e estímulo à pesquisa”, comentou.

Para auxiliar o trabalho de abertura das covas, a Unifesspa recebeu o apoio de 10 homens da 23ª Brigada de Infantaria de Selva. No primeiro ano de execução do projeto, a meta é plantar 600 mudas nativas no entorno do rio. A expectativa é que com as ações de reflorestamento ambiental, seja realizada a recomposição florística de cerca de 3,5 hectares de mata ciliar nas adjacências do rio popularmente chamado de Tauarizinho, entre a 23ª Brigada e a Unifesspa.

“Essa recuperação terá um impacto no ecossistema como um todo. Estamos auxiliando as atividades do projeto, observando os critérios técnicos que possam favorecer e acelerar o reflorestamento. Esse espaço será de grande integração da comunidade universitária nas pesquisas e com resultados concretos para a sociedade”, avaliou o engenheiro agrônomo da Unifesspa, Igor Vinicius de Oliveira. O trabalho também contou com a orientação do técnico agrícola Jucelino Bezerra de Souza. 

 A área é considerada uma importante reserva ecológica, com rica biodiversidade em ambiente urbano. O projeto prevê o inventário faunístico microbiológico, de pequenos mamíferos e de invertebrados. Os estudos permitirão avaliar o estado de conservação da biodiversidade na localidade. “No quintal da nossa universidade, temos um importante instrumento de estudo e pesquisa, auxiliando as aulas de campo com os alunos, além do importante papel na preservação ambiental, por isso o momento é de muito entusiasmo para a comunidade acadêmica”, acrescentou o professor do curso de Biologia, Antônio Kledson Leal Silva.

Para realizar a identificação da diversidade de espécies animais presentes na região, a Unifesspa disponibilizará equipamentos para coletas de material microbiológico e armadilhas fotográficas ou câmera –trap, que funcionam capturando a imagem do animal quando este passa em frente à câmera, por meio de um sistema de sensores.

“Esse dia marca o início de um grande projeto em parceria com o Exército, com resultados importantes para nossa Universidade, mas sobretudo para a sociedade da Amazônia. Daqui sairão dezenas de trabalhos de conclusão de curso, dissertações e teses nas áreas de levantamentos faunísticos em vários caminhos, aprimorando as formas de reflorestamento, com inoculação de fungos nas raízes das arvores plantadas aqui, por exemplo. É, efetivamente, um laboratório que vai permitir que alunos e professores desenvolvam pesquisas com forte impacto social e econômico”, destacou o reitor da Unifesspa, Maurílio de Abreu Monteiro, que fez questão de acompanhar e auxiliar todas as atividades iniciadas nesta sexta-feira, das quais também participaram os professores José Otávio Pires, Fernanda Carla Lima Ferreira, Andrea Hentz de Mello e Fábio dos Reis Ribeiro de Araújo. 

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