Ir direto para menu de acessibilidade.

GTranslate

pten

Opções de acessibilidade

Início do conteúdo da página
Últimas notícias

Curadora fala sobre expectativa do 3º FIA Cinefront no Peru

  • Publicado: Terça, 11 de Abril de 2017, 18h44
  • Última atualização em Quarta, 12 de Abril de 2017, 16h57
  • Acessos: 1760

A Pontificia Universidad Catolica Del Peru é uma das instituições parceiras do 3º Festival Internacional Amazônida de Cinema de Fronteira (FIA CINEFRONT). A cada edição, o Festival cresce e envolve mais instituições e grupos sociais em torno do projeto que tem como objetivo debater as desigualdades de direitos, dentre elas as econômicas, sociais, regionais, de gênero, étnicas, entre outras, por meio da exibição de filmes voltados a estas temáticas. A terceira edição reúne dois países, nove cidades, duas universidades, uma aldeia indígena e uma acampamento de Jovens Sem-Terra.

Em entrevista concedida à Assessoria de Comunicação da Unifesspa, a coordenadora da sessão internacional do FIA CINEFRONT, Carolina Rodriguez Alzza, da Pontifícia Universidade Católica do Peru, em Lima, destacou a importância das obras a serem apresentadas no Festival, falou sobre a parceria com a Unifesspa e a expectativa para a 3ª edição do Festival. 

Confira a entrevista!

ASCOM - O III CINEFRONT terá filmes de clássicos como "Iracema, uma transa amazônica" [1990] e "A propósito de Tristes Trópicos" [1985], do cineasta e diretor Jorge Bodanzky, que será homenageado. Qual a importância dessas obras para os peruanos?

Carolina Rodriguez Alzza - “Iracema” é considerada um dos melhores filmes do Brasil, não fica alheia à realidade da Amazônia Peruana. A Transamazônica é nossa Estrada Marginal da Selva; ou a Estrada Federico Basadre; ou a Estrada Central; ou a Estrada Interoceânica. Todas elas chegam à Amazônia Peruana com a promessa do Estado: O mundo moderno, a civilização. “Iracema” pode ser, ainda hoje, uma das tantas mulheres que vivem na “La Pampa” (Mãe de Deus), vítima da prostituição em meio à indústria do ouro. Por isso, para o CINEFRONT 2017, é relevante a projeção deste documentário do Jorge Bodanzky.  Nos permite ver o Brasil, avaliar o Peru. Ver como as fronteiras não separam realidades distintas. A Amazônia continua sendo uma só, inclusive nos seus problemas. Por outro lado, a propósito de “Tristes Trópicos” é um documentário que aguardamos com especial carinho pois nos devolve as imagens de Lévi-Strauss, quem continua vigente na especialidade da Antropologia na Pontifícia Universidade Católica do Peru. Este documentário nos permite seguir, em imagens, ao etnógrafo, que sem ser amante do campo, nos ofereceu uma das reflexões mais belas em “Tristes Trópicos”.


ASCOM - O que o público pode esperar do III Festival Internacional Amazônida de Cinema de Fronteira, o FIA CINEFRONT?

Carolina Rodriguez Alzza - O CINEFRONT 2017 terá uma exposição de documentários sobre a nova e já consagrada produção audiovisual na Amazônia. Organizamos os documentários em mesas temáticas para discutir como o cinema de reexistência tem lugar em cada tema abordado. Para enriquecer a abordagem contamos com convidados que comentarão os documentários a partir de critérios temáticos e técnicos. Entre os comentaristas participantes teremos: Óscar Espinosa, Fernando Valdivia, Luisa Elvira Belaunde, Sonia Llosa, Francisco Adrianzén, Nora de Izcue, Alexander Houghton, Mauricio Godoy, Alonso Quinteros, Luis Felipe Torres e outros. De esta forma o público pode esperar não somente a projeção de documentários sobre a Amazõnia, mas um espaço de diálogo aberto que esperamos se prolongue além do CINEFRONT 2017.

ASCOM - Que contribuições pretende dar como curadora, que tem o desafio de expor e fomentar a discussão sobre a produção audiovisual contemporânea relacionados ao cinema de reexistência?

Carolina Rodriguez Alzza - O CINEFRONT Peru foi pensado como espaço de exposição de documentários e discussão sobre os temas que estes apresentam. Além de uma iniciativa própria, esta é uma dinâmica que caracteriza a maioria das atividades da Pontifícia Universidade Católica do Peru. Tive a oportunidade de (desfrutar) e aprender muito quando fui assistente dessas atividades. Agora com a perspectiva da realização do CINEFRONT almejo repetir esta experiência. Para fomentar a discussão dos assistentes, convidamos comentaristas que estão envolvidos com a Amazônia e/ou o cinema. Eles serão os encarregados de enriquecer com a palavra o que as imagens já nos ensinam.

ASCOM - Que contribuições pretende dar como curadora, que tem o desafio de expor e fomentar a discussão sobre a produção audiovisual contemporânea relacionados ao cinema de reexistência?

Carolina Rodriguez Alzza - O CINEFRONT Peru foi pensado como espaço de exposição de documentários e discussão sobre os temas que estes apresentam. Além de uma iniciativa própria, esta é uma dinâmica que caracteriza a maioria das atividades da Pontifícia Universidade Católica do Peru. Tive a oportunidade de (desfrutar) e aprender muito quando fui assistente dessas atividades. Agora com a perspectiva da realização do CINEFRONT almejo repetir esta experiência. Para fomentar a discussão dos assistentes, convidamos comentaristas que estão envolvidos com a Amazônia e/ou o cinema. Eles serão os encarregados de enriquecer com a palavra o que as imagens já nos ensinam.

A parceria entre a Diretoria de Ação Intercultural – DAI-PROEX UNIFESSPA e Maestría en Antropología Visual – MAV/PUCP, foi mediada por Ginno Pérez Salas, aluno do Programa de Pós Graduação em Dinâmicas territoriais e Sociedade na Amazônia PDTSA da Unifesspa, que é de origem peruana e membro de grupos de pesquisa naquele país. O Cinefront começa nesta quarta-feira (12), com a abertura oficial marcada para 19h, no Cine Marrocos, em Marabá. 

O 3º FIA CINEFRONT tem como tema “Nosso Cinema é de Reexistência” e homanageia um dos maiores documentaristas da Amazônia, Jorge Bodanzky, diretor do filme “Iracema, uma transa amazônica”, rodado em 1.974, ambientado na Rodovia Transamazônica. Durante os cinco dias de programação, serão mais de 50 sessões e dezenas de debates distribuídos entre as ações nas cidades de Belém, Marabá, Eldorado do Carajás, São Félix do Xingu, Rondon do Pará, Santana do Araguaia, Xinguara, na Aldeia Gavião - Reserva Mãe Maria e em Lima, no Peru. 

Confira a programação e aproveite o Festival!

Tradução: Dorys de Oliveira

Fim do conteúdo da página