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Encerramento da V SEMAT discute atuação do engenheiro de materiais na Região

  • Publicado: Terça, 29 de Novembro de 2016, 17h56
  • Última atualização em Terça, 29 de Novembro de 2016, 18h00
  • Acessos: 2826

encerramentoSemanaMateriaisA mesa redonda “Atuação do Engenheiro de Materiais na Região Norte” encerrou as atividades da 5ª SEMAT (Semana Acadêmica de Engenharia Mecânica) realizada no Auditório Central da Unidade 2 do Campus sede da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa). As discussões aconteceram no final da tarde da última quinta-feira, dia 24. 

Para debater esse tema estiveram na mesa os engenheiros Carlos Vinicius Santos, Leandro Barreto Andrade e Dimereis José Rosa Filho; e o professor doutor Márcio Corrêa de Carvalho, da Unifesspa. A mesa redonda iniciou com a apresentação pessoal de cada integrante e com o relato de sua experiência profissional; depois seguiu-se uma análise do mercado internacional e nacional; e estudantes tiraram dúvidas sobre o mercado de trabalho e o futuro da Engenharia de Materiais nos próximos anos. 

Dimereis Filho, de 26 anos, egresso do curso de Engenharia de Minas, do Campus da UFPA em Marabá, hoje Unifesspa, falou da importância de os alunos dedicarem-se aos trabalhos voluntários e da academia. Como exemplo, citou sua experiência de ter participado de dois trabalhos de Iniciação Científica e de ter feito, por oito meses, estágio não remunerado na construção do Condomínio Total Ville, em Marabá.

Dimereis disse que após essas experiências fez um estágio de um ano na Siderúrgica Norte Brasil S/A (SINOBRAS) e depois da conclusão do curso foi contratado pela empresa. Ele optou por prestar concurso público para professor do Instituto Federal do Pará, Campus de Marabá, onde leciona atualmente. Leandro Barreto, egresso do Curso de Engenharia de Materiais da UFPA/Marabá, em 2006, é engenheiro da Vale S/A, onde estagiou no período em que foi universitário. Barreto trabalha nas minas de Carajás.

Carlos Vinicius concluiu o curso em 2012 e atuou em projetos de pesquisa e como professor substituto da Unifesspa. Atualmente trabalha na SINOBRAS. O professor doutor Márcio Corrêa é graduado em Engenharia Química pela Universidade Federal do Ceará (1997), Especialização em Metalurgia pela Universidade de São Paulo (1999) e mestrado em Engenharia e Ciência de Materiais pela Universidade Federal do Ceará (2002) e Doutorado sanduíche pela Universidade Federal do Pará - UFPA no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento de Engenharia de Recursos Naturais da Amazônia - PRODERNA, em Belém e Canadian Centre for Welding and Joining - CCWJ - da University of Alberta - UofA - em Edmonton-AB-Canadá.
         
Campo de trabalho

Após as apresentações dos integrantes da mesa, as discussões e as perguntas dos alunos presentes voltaram-se para o mercado de trabalho. O professor Márcio Corrêa defendeu que o Engenheiro de Materiais possa atuar nas áreas de Mecânica, Civil, Automação, entre outras. “Vai depender da adaptabilidade do profissional ao que o mercado espera dele; e o que o engenheiro de materiais quer para si como profissional”. Corrêa defendeu uma clareza na definição das atribuições do Engenheiro de Materiais por parte do CREA (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura), órgão regulamentador da profissão.
Dimereis concordou com o professor, alertando para a imprevisibilidade do mercado. Entretanto, Dimereis acredita que este profissional será requisitado pelas empresas por lidar com “aproveitamento de materiais para reduzir custos”. Leandro Barreto observou as questões mercadológicas no contexto globalizado. “O mercado local desaqueceu por conta do fechamento das guseiras (empresas que transformam o minério em ferro-gusa, matéria-prima para a produção de aço) em Marabá. Esse desaquecimento é consequência da forte competição da China no mercado internacional”.

Os debatedores defenderam que os universitários procurem saber o que as empresas de pequeno e médio porte, desta área, estão fazendo no mercado nacional e estadual e vejam como podem ser inseridos neste contexto. Para eles, os engenheiros de materiais podem trabalhar em áreas como Pesquisa, Indústria e Academia, de acordo com as aptidões de cada um.

O evento trouxe como tema central “A engenharia de materiais na Região Amazônica: Avanços Tecnológicos e seus desafios” e reuniu estudantes do curso de Engenharia de Materiais da Unifesspa e de outras instituições, professores da Universidade, Engenheiros da Vale, SINOBRAS S.A e Magnesita S.A, além técnicos da região. A programação contou com minicursos, palestras, apresentação de trabalhos e mesas redondas. 

 

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