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Unifesspa inicia projeto de extensão na Aldeia Xikrín do Cateté

  • Publicado: Sexta, 23 de Setembro de 2016, 15h53
  • Última atualização em Sexta, 23 de Setembro de 2016, 17h50
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oficinadesenhoxikrinUma equipe multidisciplinar coordenada por professores da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) iniciaram na Aldeia Xikrín do Cateté, em Parauapebas (PA), as atividades de extensão do “Programa Saberes e Fazeres Xikrín: a Etnociências como estratégia mediadora no desenvolvimento de metodologias e recursos didático-pedagógicos voltados à valorização de sua língua materna”.

A equipe desenvolveu, na aldeia, no período de 07 a 12 de setembro passado, trabalhos de pesquisa ação voltados para a formação continuada a professores indígenas e professores não indígenas que atuam nas escolas das aldeias, estendendo-se, também, a outros membros da comunidade.

O projeto de extensão foi aprovado pelo Programa Institucional de Bolsa de Extensão (PIBEX) da Unifesspa, cuja proposta visa ao aprimoramento da Educação Escolar Indígena, pautados nos saberes tradicionais dessa comunidade indígena.

Como produto das atividades de extensão estão previstos a elaboração de materiais didáticos e paradidáticos bilíngues voltados ao ensino de etnociências para o povo Xikrín do Cateté. As próximas atividades do projeto na aldeia estão previstas para o período de 25 a 31 de outubro de 2016.

Atividades

A programação começou no último dia 08, pela manhã, com uma reunião de apresentação do Projeto de Extensão à comunidade Xikrín, na qual compareceram caciques, pajés, curandeiros , reunidos no Ngà, Casa do Guerreiro, espaço localizado na região mais central da aldeia.

Após a apresentação do Projeto, pelo professor doutor Lucivaldo Costa, da Faculdade de Educação do Campo da Unifesspa e subcoordenador das atividades de Etnolinguística, o próximo a utilizar da palavra foi o cacique Tunire Xikrín, que reiterou a importância da parceria com a Unifesspa no aprimoramento e na qualificação da Educação Indígena para os Xikrín do Cateté, considerando que o mesmo contribui para os avanços necessários ao alcance de uma Educação diferenciada que valorize não só a língua, mas também os saberes e fazeres de seu povo.

Após essa parte formal de apresentação do projeto, aconteceu uma Oficina de etnolinguística, coordenada pelos professores Tereza Maracaipe, coordenadora do Projeto de Extensão; e Lucivaldo Costa ( ambos lotados na Faculdade de Educação do Campo-Unifesspa), abordando a Introdução ao estudo dos fonemas da língua Xikrín: vogais, consoantes, dígrafos,  com vistas ao estabelecimento do sistema de escrita da língua Xikrín; a produção textual na língua Xikrín para elaboração de livros para subsidiar a leitura e escrita em língua materna; e a apresentação dos grupos de suas produções escritas.

Entre as atividades aconteceram entrevistas gravadas com os agentes de saúde do Posto de Saúde da aldeia, curandeiros e pajés para a coleta de narrativas sobre seus hábitos alimentares, suas relações com os “remédios do mato” e “os remédios do branco” na saúde e o papel das plantas nos mitos xikrín, sob a coordenação das professoras Joseane Costa (Fecampo-Unifesspa) e Márlia Coelho-Museu Goeldi.

Uma atividade que atraiu muito a atenção da comunidade foi a Oficina de Vídeo com os jovens da aldeia. O treinamento capacita os índios para que possam adquirir autonomia e protagonismo na produção e captura de imagens de seu cotidiano e de temas afetos a eles, como, por exemplo, a poluição do Rio Cateté. A capacitação foi coordenação do cinegrafista Pauliran Freitas, da Fundação Oswaldo Cruz, do Rio de Janeiro, parceiro no Projeto.

No encerramento das atividades do primeiro encontro, foi feita uma reunião de avaliação com a comunidade, além da apresentação dos vídeos produzidos pelos próprios Xikrín, após as aulas da Oficina de Vídeo e uma confraternização com dança e música dos Xikrín, entre a equipe e a comunidade.

 

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Participantes do projeto nesta fase

A equipe que participou desse primeiro momento de atividades na aldeia contou, além dos professores da Unifesspa, vinculados à Fecampo, também com o apoio técnico-científico da Vice Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (VPAAPS/Fiocruz), do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), do Instituto Federal do Pará- Parauapebas (IFPA) e, logístico, da Secretaria de Educação Indígena do Município de Parauapebas, representadas por Tereza Maracaipe - Fecampo Unifesspa - Coordenadora do Projeto; professor doutor Lucivaldo Costa - Fecampo-Unifesspa (Suboordenador das atividades de Etnolinguística); Dra. Joseane Costa - Fecampo-Unifesspa/ VPAAPS-Fiocruz (Subcoordenadora das atividades de Etnobotânica); Augusto Severo (Psicologia Unifesspa); Dra. Márlia Coelho - Etnobotânica/MPEG;  Alcione – IFPA; Pauliran Freitas - Vídeo Saúde-ICICT-Fiocruz (Cinegrafista); Antonio Filho, Motorista/Cinegrafista/Fotógrafo; Edith (Coordenadora do Setor de Educação Escolar Indígena de Parauapebas); Ingretire (Setor de Educação Escolar Indígena de Parauapebas) e Katopiti (Bolsista do Programa).

 

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