Unifesspa se ilumina para alertar sobre a importância do Outubro Rosa
Desde 1990, o mês de outubro tem sido marcado pelo movimento internacional de conscientização sobre o câncer de mama. O laço cor-de-rosa, símbolo da prevenção, tornou-se amplamente conhecido graças à fundação Susan G. Komen for the Cure, famosa organização americana que atua no combate ao câncer de mama seja investindo no financiamento de pesquisas, seja fornecendo recursos para pacientes que não podem pagar pelo tratamento. Na Unifesspa, desde o dia 4 de outubro, o prédio central da unidade 3, do campus Marabá, vestiu-se de rosa para alertar à comunidade universitária da importância da prevenção. As luzes servem como lembrete, como um alerta a quem por lá passa.
Com visibilidade mundial, o movimento Outubro Rosa reforça a importância da prevenção e do cuidado, incentivando mulheres de todas as idades a realizarem o autoexame e buscarem exames clínicos regulares. Tal atitude pode salvar vidas, uma vez que o diagnóstico precoce e o rastreamento contribuem para identificação do estágio do câncer do paciente. Essa classificação é crucial para o planejamento do tratamento e para prever o prognóstico do paciente.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama é o segundo tipo de câncer que mais acomete mulheres no Brasil, após os tumores de pele não melanoma, já o câncer de colo de útero ocupa o terceiro lugar. Segundo o Ministério da Saúde, estima-se a indecência de 73,6 mil novos casos de câncer de mama em 2024 e cerca de 17% dos casos podem ser prevenidos adotando hábitos de vida saudáveis. É considerado raro até os 35 anos, porém a probabilidade de incidência aumenta com os passar dos anos, em especial após os 50 anos. Este ano, a campanha de conscientização do Ministério da Saúde com o tema “Mulher: seu corpo, sua vida", trata da importância da prevenção e do diagnóstico precoce, reforçando o protagonismo feminino e a promoção do autocuidado.
A mamografia é um dos métodos mais eficazes para a detecção precoce do câncer de mama, especialmente em mulheres acima de 40 anos. Entretanto, o autoexame continua sendo uma ferramenta fundamental para detectar alterações nos seios, como nódulos ou mudanças na textura da pele, e que deve ser feito mensalmente.
Luann Wendel Sena, Diretor da Faculdade de Saúde Coletiva (FASC), explica que a pandemia de Covid-19 trouxe inúmeros desafios para o sistema de saúde e o impacto no diagnóstico de doenças como o câncer de mama foi um deles. Dados mostram que, em 2020, houve uma redução significativa no número de mamografias realizadas, o que retardou o início de muitos tratamentos.
Segundo o professor, essa realidade preocupante serve como alerta para a necessidade da retomada de campanhas de conscientização que cheguem cada vez mais longe e o movimento de conscientização e do acesso a exames preventivos. “O Outubro Rosa é mais do que uma campanha, é um movimento que visa salvar vidas por meio da informação. Para além das ações de prevenção, é crucial garantir o acesso ao tratamento adequado para todas as mulheres diagnosticadas com a doença, principalmente as que vivem em regiões mais afastadas e vulneráveis, onde o acesso ao sistema de saúde pode ser mais limitado” acrescenta Luann.
Portanto, é papel de toda a sociedade, das instituições de saúde e do poder público assegurar que o câncer de mama seja combatido de forma eficaz e justa. Que o Outubro Rosa seja um lembrete de que cuidar da saúde é um ato de amor, tanto próprio quanto coletivo. O diagnóstico precoce pode fazer a diferença na vida de milhares de mulheres e de suas famílias.
Recomendações para prevenção:
- Autoexame regular
- Mamografia (a partir dos 40 anos é recomendada que seja realizada anualmente)
- Estilo de vida saudável (isso inclui: dieta balanceada, pratica de atividades física e o não consumo de álcool e tabaco)
- Amamentação (se possível)
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