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Núcleo de Estudos em Educação Ambiental da Unifesspa auxilia na soltura de mais de 2 mil filhotes de tartarugas e tracajás

  • Publicado: Quarta, 07 de Fevereiro de 2024, 15h42
  • Última atualização em Quinta, 08 de Fevereiro de 2024, 09h33
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1a342d7a-e23f-4c46-97be-04382fab8d59.jpgNo último domingo (4), o projeto Quelônios realizou a soltura de mais de 2 mil filhotes de tartarugas e tracajás no rio Tocantins, em Marabá. Diversas pessoas, entre voluntários do projeto, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e demais organizações e órgãos de defesa do meio ambiente, assim como muitas famílias, fizeram a travessia de barco e participaram desse momento.

Segundo o professor e pesquisador da Unifesspa, que coordena o Projeto Quelônios, José Pedro de Azevedo Martins, é o primeiro projeto de manejo desse tipo executado próximo a um grande contingente populacional, como o de Marabá, o que reforça a importância da missão de soltura dos filhotes.

“Significa a recuperação de uma população que, a nível nacional, é ameaçada de extinção e, pelo fato de a nossa região ser de intensa movimentação de desenvolvimento econômico e intensa modificação do ambiente, isso faz com que muitas populações de animais, e mesmo de plantas, sofram com isso e comecem a entrar em ameaça de extinção. É importantíssimo, nesse aspecto, de ecossistema, ecológico e ambiental, e no aspecto de turismo”, afirma.

A programação contou ainda com jogos educativos sobre o tema da preservação da biodiversidade, como quiz com curiosidades sobre os quelônios, dama, quebra-cabeça, pintura, além de canto da leitura e mural de fotografia.

Sobre o projeto

O Projeto Quelônios iniciou suas atividades em 2017 e tem como objetivo promover a preservação de répteis portadores de carapaças – que são os quelônios – como tartarugas e tracajás, presentes nos rios da região de Marabá. A atuação do projeto é importante porque ajuda na preservação desses animais na natureza, que estão em perigo de extinção. Nesses sete anos de projeto, mais de 145 mil filhotes já foram soltos nos rios da região. Só neste ano, são 16 mil filhotes de tartarugas e 5 mil de tracajás.

O projeto inicia as atividades por volta de junho, quando a equipe de campo sai pelas praias para fazer o levantamento dos sinais do processo de desova. A partir desse levantamento, é realizada a coleta dos ovos desde o final do mês de julho até o início de dezembro, seguindo protocolos para o armazenamento e depois para a incubação, quando esses ovos seguem para uma área reservada perto da base do projeto. Os ovos de tracajá podem eclodir em mais ou menos 65 dias, enquanto os de tartaruga demoram cerca de 45 dias. Após a eclosão, os WhatsApp Image 2024-02-05 at 16.53.04.jpgfilhotes são transferidos para tanques de quarentena, quando é esperado o tempo necessário para realizar a soltura.

Essa iniciativa, essencial para a preservação das espécies, é resultado de uma colaboração entre a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma) e o Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam).

Pela Unifesspa, o projeto ocorre por meio do Núcleo de Estudos em Educação Ambiental (Neam), que tem como eixo central desenvolver programas de educação ambiental crítica com projetos centrados na educação formal e informal abordando o contexto político, econômico, ambiental e cultural.

 

*Por Antônio Luiz, com informações da Prefeitura de Marabá. 

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