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Projeto de Extensão "Vozes dissidentes" proporcionará oficinas para práticas de leitura de autoras negras contemporâneas

  • Publicado: Quinta, 06 de Julho de 2023, 11h45
  • Última atualização em Quarta, 23 de Agosto de 2023, 17h14
  • Acessos: 478

Vozes dissidentes card A4Com o objetivo de incentivar a leitura de escritoras contemporâneas negras, o projeto de extensão “Vozes dissidentes: práticas de leitura literárias de contos e crônicas de autoras negras contemporâneas” abriu inscrições para as oficinas de caráter formativo para alunas e alunos, servidoras e servidores da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), do Instituto Federal do Pará (IFPA), e comunidade em geral do município de Marabá.

O projeto é coordenado pelas professoras Edimara Santos da Faculdade de Estudos da Linguagem (Fael), Maria Neuza Oliveira e Ailce Margarida Alves da Faculdade de Educação do Campo (Fecampo). O objetivo principal do projeto é propiciar debates e registro de experiências de leituras literárias de obras de escritoras negras contemporâneas e, sobretudo, incentivar através das literaturas de escritoras negras ações e práticas antirracistas, antimachistas e antissexistas, através de oficinas.

A proposta de, incentivar os participantes a realizar leituras interpretativas, criativas, imaginativas e literárias ao longo das oficinas presenciais a partir de contos e crônicas de escritoras negras contemporâneas, para provocar uma reflexão sobre situações de racismo, sexismo e machismo nos espaços escolares e fora dele. O projeto tem como base a  Lei 10.639, de 09 de janeiro de 2003, que tornou obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira nas escolas de todo Brasil e completou 20 anos de existência, o momento também será de reflexão sobre a problematização desses 20 anos.

Segundo a coordenação, a justificativa da proposta do projeto reside no entendimento de que a literatura tem sido um espaço fomentador de debates e registro de experiências e escrevivências, bem como instrumento de construção de saberes indisciplinados e insubmissos nos espaços escolares e não-escolares, funcionando como oposição à História e cultura coloniais, ao privilegiar obras, autores e autoras e personagens que falam das margens sociais, repudiando o lugar de objeto discursivo para assumir-se como sujeitos produtores do próprio discurso, ou seja, que narram a sua História, rompendo e subvertendo a lógica eurocêntrica. 

É planejado ocorrer oficinas de leitura, organizadas a partir das etapas de motivação, de introdução ao tema, de leituras silenciosa e compartilhada, de comentários, de exposição de ideias dos participantes, de explicações que se fizerem necessárias sobre os gêneros literários, por fim, de proposta de uma atividade como a produção de fanzine, que envolva a experiência de leituras literárias com os contos e crônicas de escritoras negras contemporâneas trabalhadas ao longo das oficinas. 

Serão abertas 20 vagas a serem preenchidas por ordem de envio da inscrição. A carga horária de cada oficina presencial será de quatro horas. Serão ofertadas seis oficinas, somando um total de 24 horas para quem participar de todas as oficinas. Para se inscrever basta enviar para o e-mail (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.) as seguintes informações: nome completo; instituição (se houver); escolaridade; e-mail; telefone. Também é necessário preencher o formulário Google Forms. A primeira oficina será na Unidade I da Unifesspa, sala 15 do prédio do Instituto de Ciências Humanas (ICH), no dia 19 de julho às 14 horas. 

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